I - MARIOLATRIA
Entre os inúmeros pontos que existem entre os
católicos romanos e evangélicos, um se destaca. MARIA. Os católicos praticam a
adoração a Maria, dando um maior destaque a mesma do que a Cristo. Já os
evangélicos, a consideram como um exemplo de vida cristã e humildade. A
mariolatria está sustentada no seguinte tripé:
1.1 Imaculada Conceição de Maria: este dogma afirma que Maria nasceu sem pecado, ou seja, ela não herdou a mancha do pecado original. Atribuem assim à Maria um atributo divino- a impecabilidade. Este dogma só foi aceito oficialmente em 8 de dezembro de 1854, quando o Papa Pio IX proferiu o seguinte:
“declaramos e definimos que a bem aventurada Virgem Maria desde o primeiro momento de sua concepção, foi reservada imaculada de toda mancha do pecado original, por graça singular e privilégio do Deus onipotente, em virtude dos méritos de Jesus Cristo, o salvador da humanidade, e que esta doutrina foi revelada por Deus e, portanto, deve ser firmemente e constantemente crida por todos os fiei”.
Refutação:
1. No seu cântico diz: “e o meu espírito se alegra em Deus meu salvador” (Lc. 1.47). Só um pecador necessita de um salvador.
2. Maria levou as duas ofertas que a lei mandava, a oferta queimada e a oferta do pecado (Lv. 2.22-24; e Lv. 12.6-8). Mas, se não tinha pecado, para que levar ofertas?
3. Nas Escrituras, em nenhum momento se afirma que Maria não cometeu pecado. Pelo contrário, “pois todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus.” (Rm. 3.23). “Não há um justo nem um sequer.” (Rm. 3.10). Só Cristo é identificado como o único sem pecado. “Aquele que não conheceu pecado, Ele o fez pecado por ne, para que nele fossemos feitos justiça de Deus”. (II Co. 5.21).
1.2 Perpétua Virgindade de Maria: os católicos afirmam, que Maria em toda a sua vida nunca conheceu o seu esposo José.
Refutação:
1. A Bíblia não afirma (Mt. 1.24-25). O “...até...”, mostra que José conheceu Maria sexualmente depois do nascimento de Jesus.
2. Jesus é chamado de primogênito, ou seja, é chamado de primeiro filho gerado de Maria, mostrando que ela gerou outros filhos. Deus chama Jesus de unigênito (Jo. 3.16), ou seja, o único filho gerado.
3. Em diversas passagens vemos que Jesus teve irmãos e irmãs (Mc.6.3; Mt. 13.54-56), Paulo chegou a afirmar que os irmãos do Senhor eram casados (I Co. 9.5).
4. O texto é muito claro em afirmar que Cristo possuiu irmãos “adelphos” uterinos (Mc 6.3, Mt 13.55-56, Lc 8.19; Jo 2.12, 7.3-5). O termo usado para primos é “anepsios” (Cl 4.10).
1.3 A Assunção de Maria: Assim como consideram que Maria foi concebida sem pecado, e ainda que viveu sem pecar, chegaram a mirabolante conclusão de que seu corpo na morte não experimentou a decomposição e nem permaneceu na sepultura. Jesus veio para leva-la até lá, toda a corte dos céus veio para receber com hinos de triunfo a mãe do divino Senhor. Que coro de exultação: “levantai as vossas portas ó príncipes, ó portas eternas para que a Rainha da Glória possa entrar”. (Descrição da tradição católica citada por Loirraine Boettner). Este dogma passou a vigorar em 1 de novembro de 1950 pelo mariólatra Papa Pio XII.
Refutação:
1. Enquanto a profecia a respeito de Cristo diz: “... nem permitirás que o teu santo veja a corrupção.” (Sl. 16.11) com referências em At 2.27-32 e 13.33-37, fala a respeito do santo não ver a corrupção, e nunca uma santa não ver a corrupção.
2. Contudo, as Escrituras deixam claro que a glorificação dos santos só acontecerá depois da volta de Cristo, e não fala que Maria seria uma exceção (I Co. 15.20-23).
II - ENSINOS FALSOS NOS APÓCRIFOS
2.1 Problemas históricos
a) Eles foram escritos no período de silêncio de Deus ou seja, depois de Malaquias e antes de Mateus.
b) A vulgata, a versão oficial da Igreja Católica, foi feita por Jerônimo, distingue entre libris canonice (livros canônicos) e libris ecclesiastici (livros apócrifos).
c) No concilio de Cartago 397, a igreja permitiu a leitura destes livros mais, não como inspirados.
d) Em 1548 Roma aceitou os apócrifos como canônicos. Com exceção de 3-4 de Esdras e a oração de Manasses.
e) Os reformadores não reconheceram tais livros.
2.2 Contradições em relação aos livros canônicos. Exemplos:
a) Justificação pelas obras: Eclesiástico 3.33; Tobias 4.7-11
b) Mediação dos santos: Tobias 12.12.
c) Oração pelos mortos: 2 Macabeus 12.44-46.
d) Supertição grosseira: Tobias 6.7-19 etc.
2.3 Tradição
Afirmação: “Elas (tradição Católica e Bíblia) estão entre si estreitamente unidas e comunicantes. Pois promanando ambas de mesma fonte divina”. (p. 35).
III – DOUTRINA PAPAL
3.1 Atributos papal.
a) Sumo Pontífice – Refutação 1 Pe 5.4
b) O Vigário de Cristo – Refutação Jo 14.16-18
c) É o caminho entre nós e Deus – Jo 14.16-18
3.1 Pedro primeiro papa.
a) Pedro era pobre (At 3.6)
b) Pedro era casado (Mt 8.14-15)
c) Pedro foi um homem humilde (At 10.25-26)
d) Pedro foi um repreensível (Gl 2.1.14).
e) Tiago exerce a liderança no Concilio de Jerusalém (At 15).
f) Pedro não é o fundamento da Igreja (Ef 2.20, At 4.11, I Pe 2.4-5,8).
IV – SALVAÇÃO POR MEIO DAS OBRAS
O livro “Catecismo da Igreja Católica” 6ª
edição, Ed. Vozes, Paulinas, Loyola e Ave-Maria, afirma. “A segunda parte do
catecismo expõe como salvação de Deus... torna presente nas ações sagradas da
liturgia da Igreja, particularmente nos sete sacramentos”. (p. 16).
Refutação:
a) Salvação fruto da Graça de Deus (Ef 1.7, 2.8-9, Rm 3.24, 5.15, 2Tm 1.9; Tt 2.11, 3.5,7).
b) A Depravação Total não nos permite uma salvação com méritos humanos (Dt 7.7-8, Ef 2.1-3, Rm 3.10-18).
c) A salvação é algo exclusivamente divino (Jo 1.13, 15.16, Mt 19.25-26, At 13.48).
V - CRENÇA NO PURGATÓRIO COMO MEIO DE PURIFICAÇÃO
DE PECADO.
Afirmação: “Os que morrem na graça e na amizade de
Deus, mas não estão completamente purificados, embora tenham garantido a sua
salvação eterna, passam após sua morte, por uma purificação a fim de obterem a
santidade necessária para entrarem na alegria do Céu”. (p. 247).
Refutação:
a) Só existem dois caminhos (Mt 7.13)
b) Fere a suficiência do sacrifício de Cristo (Hb 10.12,Rm 5.1, I Jo 1.7,9)
c) Juízo após a morte (Hb 9.27, Lc 16.19-31)
VI – ADORAÇÃO AS IMAGENS
O Pe. Vicente, teólogo católico
faz sua defesa do uso das imagens através dos textos de Ex 25.18 que fala dos
querubins e de Nm 21.8-9 que fala da serpente do deserto.
Refutação:
a) No começo do século VII, Gregório, o grande (590-604), aprovou oficialmente o uso de imagens nas igrejas, mas instituiu que elas não fossem adoradas. Mas, no séc. VIII, ofereceram orações a estas imagens.
b) Os querubins eram para ornamentação e não para adoração. E além do mais o povo não tinha acesso. A serpente quando começou ser adorada foi destruída 2Rs 18.4.
c) Advertência contra a idolatria: 1. Os 10 Mandamentos (Ex 20.3-4), 2. Outras ocasiões (Ex 23.13,24, 34.14-17, Dt 4.23-24, 6.14, Js 23.7, Jz 6.10), 3. A idolatria implica na constituição de outros deuses (Ex 34.13, Lv 26.1 Dt 7.4-5, 12.2-3)
d) No Novo Testamento advertência continua e é muito mais abrangente (Cl 3.5, Mt 6.19-24, Rm 7.7, Hb 13.5-6, I Co 10.14, I Jo 5.21).
Anderson José de Andrade Firmino
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